“Piaf” é um vocábulo em francês que nomeia um pássaro, um pardal. Este foi o termo atribuído à mais popular cantora francesa de todos os tempos, Édith Piaf, nascida em Paris, França, no início do século XX (1915). Dois anos depois, em 1917, nascia em terras brasileiras, na cidade paulistana de Rio Claro, àquela que se tornaria a Rainha da Voz no Brasil, a saber, Dalva de Oliveira. Ambas de origem pobre, com vidas marcadas por tragédias e tristezas pungentes. A vida, a trajetória musical e artística do nosso pardal tupiniquim foi estreada, ontem, pela minissérie “Dalva e Herivelto – Uma canção de Amor”, de autoria de Maria Adelaide Amaral. Dalva interpretou os mais belos samba-canção dos anos 30. Samba-canção que traduzia o amor romântico, o amor não realizado. E foi Dalva que interpretando a versão brasileira do Hino ao Amor popularizou uma das músicas mais belas que Édith Piaf ofereceu ao mundo por intermédio de sua voz melodiosa. Talvez, este hino seja mesmo o resumo da vida de duas mulheres sofredoras mas guerreiras e independentes, que dedicaram a vida à arte da música popular. Cada uma a sua maneira e em seu próprio chão. Como disse e cantou Piaf: “Je me fous du passé! Non! Rien de rien. Non!”, em vernáculo, “Não me importa o passado! Não lamento nada”! Tudo passou. Tudo passará. Para as outras gerações e para toda eternidade ficará a tradução do maravilhoso Hino ao Amor, cantado e interpretado por Dalva de Oliveira, a Rainha da Voz, o nosso pardal tupiniquim: “Se o azul do céu escurecer. Se a alegria na terra, fenecer. Não importa, querido. Viverei do nosso amor (...)”. Bravo, Édith! Bravo, Dalva!
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