sábado, 30 de janeiro de 2010

Gandhi, Bapu...

Aos 02 de outubro de 1869, nascia na cidade indiana Kathiawar, no Estado de Porbrender, Índia, Mohandas Karamchand Gandhi, conhecido como Mahatma Gandhi, em sânscrito, “A Grande Alma”. Gandhi pertencia à casta de comerciantes. Estudou Direito em Londres. Em 1891 retornou à Índia, onde atuou como advogado por dois anos. Em seguida, foi enviado à Àfrica do Sul para auxiliar juristas indianos nas ações judiciais. Tanto a Índia quanto a Àfrica do Sul eram colônias inglesas. Mas foi na Àfrica do Sul que Gandhi sentiu na própria carne a dor física causada pela intolerância e pelo preconceito racial. Tomou consciência sobre a grave e injusta situação vivida pelos hindus tanto na Àfrica quanto e, principalmente, na própria Índia. De lá, retornou em 1893 e iniciou a propagação de idéias pela libertação do seu país do jugo e do domínio britânico. Suas armas foram a conscientização e a resistência pacífica. Ele lutava praticando a não-violência. Tornou-se um líder de grande influência política e também religiosa. E foi assim na Marcha para o Mar em 1930 em que protestava contra o imposto sobre o sal. Esteve preso por diversas vezes. E em 1947, finalmente, a Índia declarava a sua independência. Todavia, os conflitos raciais e religiosos sempre foram bastante tensos entre os hindus e muçulmanos. Gandhi estava disposto a dividir o território indiano com os muçulmanos. Em consequência imediata os hindus extremistas e radicais não viram tal postura com bons olhos. E em 30 de janeiro de 1948 um hindu revoltado disparou tiros em Mahatma Gandhi que veio a falecer aos 78 anos de idade. As cinzas do Bapu, (pai) como era chamado, foram jogadas no rio sagrado dos Ganges. São 52 anos já passados da sua morte. Todavia, os ensinamentos daquele indiano de voz baixa e mansa ainda ecoam de maneira profética. O que mais me chama à atenção na figura de Mahatma Gandhi é um fato que eu desconhecia acerca do seu aprendizado como advogado. Ele percebeu que a verdadeira função de um advogado era unir rivais de festas à parte. Seu tom era sempre conciliador. E o mais genial: ele entendia que o advogado deveria auxiliar o Tribunal a encontrar a verdade. Antes de condenar, ele queria encontrar a verdade. A verdade real. Lutou pela busca da verdade e pela prática da justiça mediante o exercício do amor e da não-violência. Enfim, foi um modelo ideal de como deveria se conduzir aqueles que juram defender o direito e praticar a justiça. A realidade é tão diversa...Então, fica, aqui, a nossa homenagem ao homem que, de fato, foi uma “Grande Alma”, pois afirmou: “Se o homem perceber que é desumano obedecer a leis que são injustas, a tirania de nenhum homem o escravizará”! Salve Bapu!




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