segunda-feira, 29 de março de 2010

Um jovem galileu...

Celebrar os mistérios da vida e morte de um certo galileu. Um jovem galileu que tinha tanto amor. É a canção. Entrada em Jerusalém. Lá no alto, na Pedra Redonda, estamos a refletir, a meditar. Que homem é esse que foi capaz de sacrificar a sua própria vida?! De onde ele veio? Quais foram os seus pecados? A noite chega. As trevas de nossas inquietações também. Já faz tanto tempo. Outra terra. Outra cultura. O mundo avançou. Descobertas surgiram. O ritmo acelerou-se. Trabalho, casa, família, jogos, interesses, saúde, lazer. Involuções também ocorreram. Problemas de toda ordem. A fome, a miséria, a guerra, a dor. A exploração dos mais fracos. O lucro e a cobiça. O endeusamento do TER. Doenças do corpo e da alma. Quem se preocupa com o SER?! Com o ser humano. Humano galileu. Amigo sincero, de coração puro. Tantos caminhos pisados. Tantas vidas tocadas. Tanto amor inspirado. Tu és o “Rei dos Judeus”. Mas o seu reino não é deste mundo. Nem poderia. Jovem galileu. Viveu o seu tempo. O seu tempo cumpriu. Cumpriu-se o que foi dito pelos profetas antigos. Ensinou-nos a entrega total. A vitória da vida. Tu reinarás. A essência ficou. Com o mesmo vigor. És, ainda, um certo galileu. O mestre do amor. Que a todos convida sua vida e morte celebrar. Ainda mais. Convida-nos a nossa própria vida mudar. Transformar a massa em pão e a uva em vinho. Transformarmos o mundo dos nossos corações. O dia já vem chegando. E estás, aqui, querido galileu. Tu és a certeza da nossa noite escura, do nosso breu. A luz que romperá todos os dias nesta semana, que santa será, pois, aqui, estaremos a lhe ouvir e escutar. Estamos, aqui, Senhor...celebrando um jovem galileu que tinha tanto amor!!!
 

sábado, 27 de março de 2010

Corumbiara...Cameron...



Incluído na programação, de março e abril, do Cine Santander Cultural, situado na Praça da Alfandêga, com preços populares de R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia), o premiado documentário investigativo Corumbiara de Vicent Carelli, é a dica para reflexão. Até hoje, impera a lei do silêncio. Nada se conseguiu de provas nem os culpados foram condenados pelo crime de genocídio praticado contra os indígenas que habitavam a gleba Corumbiara no sul do Estado de Rondônia. Em 1985, o indigenista Marcelo Santos denuncia tal massacre. Procuram-se os sobreviventes. Marcelo e sua equipe levam duas décadas para encontrá-los e quando os encontram não conseguem que a justiça prevaleça. Pois, o que impera é a lei do silêncio que abafa e camufla a verdade da injustiça. Corumbiara foi leiloada no período militar para aqueles que para, lá, buscaram o lucro da exploração madeireira e do latifúndio. Os índios que, ali, permaneceram, foram mortos, quase dizimados. Restaram uns poucos sobreviventes, isolados e temerosos da presença dos brancos. Quase trinta anos depois, resta para com os povos indígenas mais esta dívida: respeito por sua cultura e por sua dignidade como pessoa humana. Primeiros habitantes de nossas terras. Índios abandonados à própria sorte, calados no coração! Até quando, o lucro sem medida, a ambição desenfreada, o poder que domina, vão prevalecer?!! Parabéns pela coragem e pela valentia de Marcelo Santos e sua esposa antropóloga. Parabéns Vicent Carelli e, principalmente, a todos os indígenas que teimam em viver, ali, naquele pedaço de chão da vastidão do nosso querido e muitas vezes tão castigado Brasil! Seria um ótimo tema para o “Fórum Internacional de Sustentabilidade da Amazônia”, que está ocorrendo em Manaus. Lá, estão nestes 26/03 e 27/03, empresários, políticos, executivos e pesquisadores. Al Gore e outras personalidades, ali, estarão. E a feliz notícia, pois não escondo a admiração pelo belíssimo trabalho realizado em “Avatar”, hoje, ali, estará presente, também, o cineasta James Cameron. Porém, o mais gratificante é que o diretor canadense não entende somente da arte cinematográfica. É advogado especialista em leis ambientais, regulação do comércio e direito humanos, é membro da Comissão de Direito Ambiental da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Dirige, ainda, a Pesquisa sobre Meio Ambiente Global e Comércio na Universidade de Yale (USA), onde é membro sênior. Ainda, é professor de Direito no College of Europe (Bélgica). Foi diretor da Fundação Internacional para o Direito Ambiental (Field), participou, ativamente, das negociações da Eco-92 (RJ), acompanhando entre outras causas, o Protocolo de Kyoto. Presta, ainda, consultoria para governos, entidades intergovernamentais e Ongs. Logo, bem qualificado e militante na causa ambiental. Parabéns Cameron. Mais uma vez conseguiu me surpreender. Quem sabe, então, os ecos dos clamores daqueles povos sem voz e sem vez de Corumbiara não sejam ouvidos e levados a sério, se não por nossas autoridades brasileiras, então, pela defesa e ajuda de ativistas do porte de Cameron. Sonho, realidade?! Não sei. Só sei que nada acontece se nada se faz. Depois, tudo começa traçado em algum sonho. É a nossa dica. Valeu!










sexta-feira, 26 de março de 2010

Porto Alegre é assim...



Porto dos Casais, Porto de Viamão e tantos outros mais, tantas mais denominações. Nascestes assim, freguesia, vila, casais açorianos, imigrantes de muitas terras de além-mar. Porto Alegre é assim: misto de bravura e candura; de reivindicações e de lutas; de um jeito tão peculiar, que quando, aqui, chegamos, simplesmente nos encantamos. É verdade, que toda moeda possui sempre o outro lado. Aqui, também, a vida é dura. O preconceito, a injustiça social também se faz presente. A poluição, o descaso das autoridades, enfim, toda insatisfação de vê-la mal tratada, não como, de fato, merece ser amada e cuidada. Muitas vezes, falta dignidade, falta paz. Porém, mesmo assim, hoje, é dia de celebrá-la. Afinal, o nosso amor não está nas mãos de quem não a respeita. Nosso amor é livre, magnânimo. Não quer retorno. Nem recompensas. Amamos até as suas imperfeições, as suas limitações. Já um pouco lhe conhecia, Porto Alegre, quando em meus livros escolares estudava a geografia dos seus rios, do seu planalto, da sua vegetação, do seu clima. A geografia humana. A história de sua gente. História regional. Cheia de percalços, de bravatas. Repleta de significados de vidas que, neste chão, construíram a sua pátria, o seu lar. Pessoas que vieram de países distantes. Fugindo da guerra e da dor. Em busca de amparo e calor. Olhando as suas ruas, os seus parques, os seus morros, os seus rios, o seu mais famoso lago, o Guaíba, contemplando o seu belo pôr-do-sol, andando pelo Mercado Público, pelo seu centro histórico, e por tantos mais, percebemos a marca de uma cultura cosmopolita com um jeito provinciano de ser. Porto Alegre é assim: do oito ou oitenta; do inter ou do grêmio; farrapo ou maragato; do contra ou a favor; de guerra ou de paz; dos grandes debates ou das perfumarias; da visão grandiosa ou dos detalhes infindos; do amor à polêmica ou da mão no fazer e agir. Assim é Porto Alegre. O nosso canto no mundo. Chegamos de outras plagas, mas, aqui, realmente lhe desvendamos a sua alma, o seu coração. Lembra a sabedoria popular que só amamos o que conhecemos. Pois, então, Porto Alegre, quanto mais lhe conhecemos não somente nas suas belezas, mas, sim, também, nas suas fraquezas, nos seus erros e defeitos, mais aprendemos a respeitá-la, a admirá-la e, enfim, a amá-la. Sua gente é guerreira, batalhadora, brasileira. São 238 anos de existência. Parabéns, “leal e valerosa” capital dos pampas. Brasil meridional. “É lá que as gurias, etc e tal”. Aqui, estamos, e tantos mais de outros Estados do nosso querido Brasil. Tornamo-nos, também, um misto de sentimentos, de cores, de amores. Somos matuchos, baianuchos, mineiruchos, e tantos “uchos”. Incorporamos o sentir, as expressões, as suas manifestações. Mergulhamos na sua essência. Subimos a lomba, enxergamos a pechada, nos pisamos, vamos aos pés, saboreamos a bergamota, o cáqui (não caqui), mas báh, para com isso tchê, é o seu aniversário, é tri legal! Terra de muitos encantos, o nosso canto. Tu és daqui, meu querido, Canto, porto-alegresense “da gema”...hehe...Por isso, no pulsar da vida, na confissão espontânea do meu coração, verdadeiramente, tu és o meu Canto no mundo! Parabéns Porto Alegre!!































Parabéns Porto Alegre:



Flores prá ti!!



quinta-feira, 25 de março de 2010

Sorteio de livro no Obra de nossas mãos...



É isso aí, a querida Tânia do blog http://obradasnossasmaos.blogspot.com/ está promovendo um sorteio de um livro de sua autoria intitulado: "O amor se esfriará de quase todos".  Quem se interessar e quiser participar, visite o seu blog na sua postagem "Atenção" do dia 23/03/2010 e veja, lá, como fazê-lo.  Um bom dia prá você Tânia, um bom dia para todos!! :)

quarta-feira, 24 de março de 2010

Criação...



Este é o título do filme que está em cartaz nos cinemas. Traz a vida do homem, do naturalista inglês Charles Darwin. Cientista da natureza, Darwin, escreveu aquela que é considerada mundialmente a sua obra-prima, a saber: “A origem das espécies”. Livro resultante de suas minuciosas, pacientes e exaustivas pesquisas ao longo de mais de 20 anos. Em 2009, comemorou-se os 150 anos de sua publicação. Observando a inteligente imagem do cartaz daquele filme vem à lembrança àquela célebre pintura feita pelo não menos genial artista, Michelângelo, ao retratar a criação do homem no teto da Capela Sistina, em Roma. Inevitável comparação. Criação ou evolução? Ou os dois? Criacionismo ou evolucionismo, ou ambos combinados? Estas parecem ser as indagações, até hoje, presentes, dividindo os grupos de teólogos e cientistas; de ciência e de fé ou de fé e de razão. E, ainda, levantamos outro questionamento: constituirão, de fato, duas realidades mutuamente excludentes? Dúvidas que rondam o pensamento humano. Talvez, não menos reais do que as que Darwin vivenciou na Inglaterra do século XIX. Era vitoriana. Sociedade burguesa com costumes enraizados na moral cristã da Igreja Anglicana da qual participava. Charles Darwin, assim como o pai (Robert Waring Darwin) e o avô (Erasmus Darwin), iniciou os estudos de medicina, mas os interrompeu em 1827. E quando abraçou os estudos de teologia, já estava contaminado pelo vírus da história natural. Aliás, desde menino, já tinha a inclinação para a observação da natureza, pois colecionava besouros. Em 1831, com 22 anos, a bordo do Beagle participou de uma expedição que durou cinco anos realizando um verdadeiro périplo em torno do mundo. Casou-se em 1839 com sua prima Emma Wedgwood. Teve dez filhos. A sua teoria revolucionou a ciência de até então. Trouxe uma nova forma de enxergar o mundo natural. Darwin encontrou pela observação e pela experiência, as provas científicas que explicam, no campo da biologia, a evolução das espécies animais. Internamente, vivia um conflito com sua fé já que a sua Igreja, daquela época, não admitia quaisquer questionamentos em torno do surgimento da Terra, dos seres, dos homens. Interpretavam a Bíblia, sobretudo, o livro do Gênesis (que significa origem), ao pé da letra, no seu primeiro e único sentido literal. As evidências encontradas por Charles Darwin, porém, apontavam para outra direção. Enfim, e com a morte prematura de sua filha mais velha, Annie, o naturalista, então, bastante abalado com a perda e perturbado com a culpa que sentia, consolida o seu processo de agnosticismo. Apesar disso, a teoria de Darwin não “matou” Deus como muitos acreditam. Até porque o naturalista inglês reconhecia a importância da religião na sociedade humana. Charles foi enterrado aos 73 anos com todas as honras cristãs na Abadia de Westminster. Lendo sobre sua vida, seu trabalho, sua obra. Assistindo ao filme. Concluimos que sua teoria encontrou muitas provas científicas que, sem dúvida, certificam o evolucionismo das espécies pela seleção natural e sexual. Todavia, constatamos, também, que fica em aberto quem ou o quê vem como origem das leis evolutivas de todos os seres que existem. Que ela (a teoria) não esgota toda a realidade, já que se tratando de seres ditos racionais, possuímos não apenas matéria mas também uma parte imaterial que, todos os dias, constatamos pela experiência de produção de pensamentos e idéias. Mas tudo isso é compreensível, pois Darwin era um cientista e transitou pela física. Resta complementá-lo com a metafísica. Afinal, como muito bem nos revelou a encíclica “Fides et Ratio” (Fé e Razão), Deus nos fez inteligentes para que pudéssemos encontrá-lo na razão que ilumina e guia a nossa fé. Assim, não encontramos nenhuma oposição verdadeira entre ciênca e fé. Aliás, o trabalho de Darwin é aceito como válido e nunca foram proibidos os seus livros, também, pela Igreja Católica. Antes pelo contrário. A visão fundamentalista só empobrece a riqueza da Criação!! É por isso que aplaudimos e agradecemos ao criador da teoria da evolução, Charles Darwin, que com toda propriedade assumia: “...o amor pela ciência, disposição para refletir pacientemente sobre qualquer tema, cuidado na observação e coleta de fatos, e uma razoável parcela de inventividade e bom senso”. Que os teólogos sejam humildes para aprenderem tal ensinamento e que os cientistas não sejam arrogantes a ponto de eliminarem o divino de tudo que foi, evolutivamente, criado!!


segunda-feira, 22 de março de 2010

O avarento...



Sátira dos costumes da França do século XVII, a peça teatral intitulada "O Avarento" tem a roupagem gaúcha, sobretudo nesta semana de aniversário de Porto Alegre. Tivemos a alegria de assistir a desenvoltura do talentosíssimo grupo Farsa. São atores/cantores de primeira grandeza. Tema tão atual, a ganância, a avareza, o endeusamento ao dinheiro, ao lucro sem medida, faz-se presente não somente na França de Jean-Baptiste Poquelin, mas, hoje, também. O dramaturgo/ator francês, com o pseudônimo Molière, tornou-se mestre na arte da comédia satírica. Era a sua maneira de fazer rir para fazer pensar.  Refletirmos se vale à pena "ganhar o mundo inteiro e depois viver em desespero", como lembra a sentença bíblica.  Pela maravilhosa atuação dos seus componentes a trama nos mostra que o amor, a amizade, a alegria são nossos maiores tesouros. E quanto vale a arte?! Não tem preço. Pois a criatividade, o talento de vocês artistas são eternos. Parabéns à direção de Gilberto Fonseca, parabéns a vocês preciosos atores, parabéns à Eva Shoper, ao Theatro São Pedro de Porto Alegre e a todos que incentivam, apoiam e participam da arte de bem representar e atuar!! Preços populares, de um grupo comprometido com a difusão da cultura para todos!! Muito sucesso, muita luz e a casa sempre cheia para assistí-los!! Vocês não são uma "farsa" mas, sim, uma grande e tocante realidade de sonhos e de talentos!!
E para quem mora em Porto Alegre e região, ou está a trabalho e/ou passeio, férias, etc na capital gaúcha, seja está a dica e também o blog do Grupo Farsa http://oavarento.blogspot.com/


domingo, 21 de março de 2010

A flor de maracujá...


Felizmente dez dias de férias. Férias para colocar em ordem a casa, a vida. Cuidar do marido, descansar, dormir, o que mais preciso no momento...pois a gripe me pegou. Colocar em ordem as correspondências, as pendências, apresentar o imposto de renda. Ir ao médico, à dentista. Ouvir as músicas preferidas, cuidar da roupa e da comida. Ah, como é bom não estar condicionada ao horário, ao tempo. Fazer tudo despreocupadamente, sem atropelos. E o outono se inicia. E a Páscoa se aproxima. Os plátanos da serra vão tornar-se a grande tela do Artista Supremo que pintará, novamente, com os tons de vermelho, amarelo, marrom, laranja, carmim, a estação dos meios tons, das misturas, da transformação. Folhas ao vento, folhas dos plátanos...Como é lindo, paisagens da meia estação, com ares de renovação. Percebemos o outono que chega pois os pêlos da nossa Shiva começam também a cair...hehe...troca necessária, vida que se renova. Momento de reflexão, de entrega, de conversão. Celebraremos o mistério do filho adotivo do carpinteiro. Aquele homem/Deus que transformou-se por primeiro. Fez-se alimento com sua própria carne. Saciou a nossa sede. Amou-nos por inteiro. Falar de Deus é assim...pequenos detalhes, histórias vividas, estações, flores, folhas. A própria natureza representa uma silenciosa e magnífica oração. É assim que ouvi contar o porquê nasce roxa a flor do maracujá. Catulo da Paixão Cearense. Recordo-me de um grande amigo que já partiu, Pe. Antônio Secundino de Castro, o nosso querido “Totonho”, com quem, também, aprendi a admirar a beleza das coisas simples e verdadeiras. O nosso agradecimento querido amigo. E, aqui, estamos, em férias, nas férias e de férias. Lembrando bons momentos, boas memórias. Neste outono que se inicia. Com magia e encantamento. Com alegrias e sofrimentos. Com idas e vindas. Sabedoria popular. Fé autêntica e genuína. Felicidade de todo aquele que tem a sina de sempre acreditar. Esperança em cada amanhecer. Compreender que, aqui, estamos por um grande motivo. Em meio às folhas caidas ao vento, coloridas. Simbolizando sinais de vida. Então, para nossa alegria e preparação, seja, aqui, os belos versos dos quais tomei conhecimento por intermédio daquele querido amigo que tanto amava as letras e a natureza. É para você Pe. Totonho, valeu a dica, o ensinamento! Que sejamos verdadeiramente instrumentos do amor de Deus...

A flor do maracujá

Um dia encontrei um sertanejo
Perto de um pé de Maracujá
E perguntei-lhe:
Diga-me lá caro sertanejo
Porque razão nasce roxa
A flor do maracujá?

Ah, pois então, eu vou narrar-lhe
A história que ouvi contar,
A razão porque nasce roxa
A flor do maracujá.

O maracujá já foi branco
Eu posso até lhe jurar,
Mais branco que a claridade
Mais branco que o luar.
Quando a flor nele nascia
Lá p'ros confins do sertão,
O maracujá parecia
Um ninho de algodão.

Mas um dia, há muito tempo
Num mês que até nem me lembro
Se foi maio, se foi junho
Se foi janeiro ou dezembro,
Nosso Senhor Jesus Cristo,
foi condenado a morrer,
numa cruz crucificado,
longe daqui a valer.
Pregaram Cristo a martelo
E ao ver tamanha crueza,
A natureza inteirinha,
Pôs-se a chorar de tristeza.
Choravam tristes os campos
As folhas e as ribeiras,
Choravam os passarinhos
Nos ramos das laranjeiras.

E junto da cruz havia
Um pé de maracujá,
carregadinho de flor
Aos pés de Nosso Senhor.
E o sangue de Jesus Cristo
Sangue pisado de dor,
No pé de maracujá
Tingia todas as flô.
Eis, aqui, seu moço ou moça
A história que ouvi contar,
A razão porque nasce roxa
A flor de maracujá!

(Catulo da Paixão Cearense).


sexta-feira, 19 de março de 2010

Semana do artesão...dia do santo operário...

Mesmo com pouca divulgação e em atenção ao instituído por lei estadual, a Semana do Artesão promovida pelo Sindicato da categoria no Rio Grande do Sul, aconteceu de 15/03 a 19/03. A feira reuniu cerca de 150 artesãos do RS, de outros estados como Minas Gerais, Espírito Santo e até mesmo de outros países como o Uruguai. Foram montadas 50 barracas que ofereceram artesanatos de todos os tipos no Largo Glênio Peres, próximo ao Mercado Público e ao Chalé da Praça XV. Tal evento homenageia São José Operário que é considerado, também, um artesão. Hoje, 19/03 comemoramos a vida daquele santo protetor  dos pais trabalhadores e operários. E por sua intercessão pedimos a Deus Pai:  "Senhor conceda-nos a exemplo de São José, a quem confiaste os primeiros mistérios da salvação, a graça de seguir colaborando fielmente na obra de salvação confiada a vossa Igreja.  Dai-nos um coração puro, generoso e humilde para aprendermos de São José que para sermos bons seguidores de Cristo, bastam as virtudes comuns, humanas, simples, porém, autênticas e verdadeiras. Amém"!

























































Abençoados sejam os trabalhadores do nosso Brasil!!!


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