Incluído na programação, de março e abril, do
Cine Santander Cultural, situado na Praça da Alfandêga, com preços populares de R$ 6,00 (inteira) e R$ 3,00 (meia), o premiado documentário investigativo
Corumbiara de
Vicent Carelli, é a dica para reflexão. Até hoje, impera a lei do silêncio. Nada se conseguiu de provas nem os culpados foram condenados pelo crime de genocídio praticado contra os indígenas que habitavam a gleba Corumbiara no sul do Estado de Rondônia. Em 1985, o indigenista
Marcelo Santos denuncia tal massacre. Procuram-se os sobreviventes. Marcelo e sua equipe levam duas décadas para encontrá-los e quando os encontram não conseguem que a justiça prevaleça. Pois, o que impera é a lei do silêncio que abafa e camufla a verdade da injustiça.
Corumbiara foi leiloada no período militar para aqueles que para, lá, buscaram o lucro da exploração madeireira e do latifúndio. Os índios que, ali, permaneceram, foram mortos, quase dizimados. Restaram uns poucos sobreviventes, isolados e temerosos da presença dos brancos. Quase trinta anos depois, resta para com os povos indígenas mais esta dívida: respeito por sua cultura e por sua dignidade como pessoa humana. Primeiros habitantes de nossas terras. Índios abandonados à própria sorte, calados no coração! Até quando, o lucro sem medida, a ambição desenfreada, o poder que domina, vão prevalecer?!! Parabéns pela coragem e pela valentia de
Marcelo Santos e sua esposa antropóloga. Parabéns Vicent Carelli e, principalmente, a todos os indígenas que teimam em viver, ali, naquele pedaço de chão da vastidão do nosso querido e muitas vezes tão castigado Brasil! Seria um ótimo tema para o
“Fórum Internacional de Sustentabilidade da Amazônia”, que está ocorrendo em Manaus. Lá, estão nestes 26/03 e 27/03, empresários, políticos, executivos e pesquisadores.
Al Gore e outras personalidades, ali, estarão. E a feliz notícia, pois não escondo a admiração pelo belíssimo trabalho realizado em
“Avatar”, hoje, ali, estará presente, também, o cineasta
James Cameron. Porém, o mais gratificante é que o diretor canadense não entende somente da arte cinematográfica. É advogado especialista em leis ambientais, regulação do comércio e direito humanos, é membro da Comissão de Direito Ambiental da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN). Dirige, ainda, a Pesquisa sobre Meio Ambiente Global e Comércio na Universidade de Yale (USA), onde é membro sênior. Ainda, é professor de Direito no College of Europe (Bélgica). Foi diretor da Fundação Internacional para o Direito Ambiental (Field), participou, ativamente, das negociações da Eco-92 (RJ), acompanhando entre outras causas, o Protocolo de Kyoto. Presta, ainda, consultoria para governos, entidades intergovernamentais e Ongs. Logo, bem qualificado e militante na causa ambiental. Parabéns
Cameron. Mais uma vez conseguiu me surpreender. Quem sabe, então, os ecos dos clamores daqueles povos sem voz e sem vez de Corumbiara não sejam ouvidos e levados a sério, se não por nossas autoridades brasileiras, então, pela defesa e ajuda de ativistas do porte de
Cameron. Sonho, realidade?! Não sei. Só sei que nada acontece se nada se faz. Depois, tudo começa traçado em algum sonho. É a nossa dica. Valeu!
Oi, Suziley!
ResponderExcluirCom está sendo preparado o apagão aí no Barsil?
Olá!!
ResponderExcluirVim agradecer sua atenciosa visita e desejar um fim de semana cheio de paz e alegrias!
Beijos.
Oi, Helena:
ResponderExcluirEstá sendo preparado, acredito como em todo os países que acolheram tal participação. Daqui a pouco, desligaremos tudo e vamos reunir as pessoas. Todavia, conforme muito bem disse uma consciente bióloga, Daniela, do blog consciência e ciência, não basta somente este gesto simbólico, precisamos, de fato, mudarmos as nossas atitudes para com o planeta...então vamos lá, um beijão, :)
Oi, Marcia:
ResponderExcluirObrigada pela visita. Para você também um final de semana com muita paz. Beijos, :)