terça-feira, 9 de agosto de 2011

O discurso de Maydana...

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Hoje, foi um dia chuvoso e frio por aqui. Talvez, por isso, os eleitores não tenham aparecido em grande número na Central de Atendimento onde trabalho. Todavia, entre um e outro cidadão que se arriscou a sair de casa, quando a senha tocou, apareceu diante de mim um tipo um tanto quanto “exótico”.

Uma figura típica saída da Sibéria, pensei. O homem protegia a cabeça com uma super touca. Seus olhos azuis como o céu denunciavam sua ascendência russa, theca ou sei lá o quê. Uma barba enbranquecida. Não totalmente. Um tanto quanto amarelada e desalinhada. Aliás, revolta. Rebelde. Pois fazia “cachos”.

O homem trazia nas mãos um livro bem embrulhado num pedaço de pano que o protegia da chuva. Nos seus dedos, alguns anéis. E ao se anunciar,  o que guardei do seu nome foi “Maydana”. Aliás, este um dos seus sobrenomes.  O caso tratava-se da regularização de sua inscrição eleitoral. Inscrição que há muito estava cancelada. Falta de votação ou de justicativa.

O sr. Maydana havia morado na Ìndia por doze anos. E pelo que entendi era adepto do hinduísmo. Começou a explicar o porquê para ele a verdadeira humanidade provinha das bandas orientais. Havia, no seu discurso político-filosófico-religioso um certo desdém e desprezo pelo Ocidente.  Deixei-o falar afinal a Central estava vazia e havia tempo de sobra para atendê-lo.

E por falar no atendimento, o motivo pelo qual o mesmo havia chegado até ali, descobri que não seria possível realizar a dita revisão eleitoral pois o homem morava na cidade de Eldorado do Sul. Eldorado do Sul pertence à 90ª Zona Eleitoral cujo cartório fica no município de Guaíba.

Ao tomar conhecimento de tal notícia,  o sr. Maydana, aí, sim, perdeu de vez o último fio de esperança que restava no Ocidente...hehe! A gente ri para não chorar. Mas, é sempre ruim não podermos solucionar o problema do eleitor.  Infelizmente, ele teria que ir até Guaíba. Ficou decepcionado. Aborrecido com a pessoa que o tinha encaminhado para ali.

E já que estava no prejuízo mesmo, resolveu abrir o pano e tirar do livro que carregava com todo cuidado uma foto de quando havia morado na Índia. Com seus mestres, seu filho e outras pessoas. Ah, dizia, ali, sim, havia encontrado humanidade. Enfim, após vários desabafos, e já que eu o havia escutado com paciência, decidiu indicar-me alguns nomes de filmes que ele considerava interessantes.

Se são, eu não sei. O fato é que para finalizar o atendimento anotei os nomes num papel. E depois disso o homem se despediu e partiu.  Nascido em Júlio de Castilhos,  que foi um personagem ilustre da história gaúcha e brasileira, o sr. Maydana, guardada as devidas proporções, tornou-se, ali, hoje, também um personagem que certamente vai entrar para a história da nossa Central de Atendimento...hehe!!

Partilho os nomes dos filmes (não sei se são bons mas depois vou descobrir...hehe!):

Divinos segredos; Revólver; O grande truque; O ilusionista; A loja mágica de Magorium; A casa das coelhinhas.


Uma boa noite a todos! : )

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

À grande barca da humanidade: coragem, acreditai!...


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Aviso aos navegantes: o barco da nossa existência está em alto-mar. As ondas estão agitadas. O vento é contrário. Há escuridão. O medo paira no ar. É o caminho sobre as “águas” que todos temos que atravessar. E, aí, como Elias no Horeb nos perguntamos: onde, ó, Pai, estás?! No vento, no terremoto, no fogo. Ali, não o encontraremos. Na brisa suave e doce. Na aragem que bate no peito. Com certeza, aí, Ele estará.

No barco à deriva, como os apóstolos, na tempestade, estamos. Navegamos em alto-mar. Como Pedro que se agita na aflição. Assustados. Temerosos. Alto, quem vem lá?!! Um fantasma, uma assombração. Não. É Jesus que de nós se compadece e que alivia os nossos corações. “Coragem, sou eu. Estou contigo. Acreditai”! E Pedro, então, o vendo andar sobre as àguas pede que ao seu encontro o permitisse chegar. E o Nazareno que o ama ordena-lhe: “Vem”!

Andando também sobre as àguas, Pedro, se firma em Jesus. Todavia, seu coração dividido, presta atenção na força do vento. Sua fé estremece. O medo o consome. Começa logo a afundar. Ele clama, então: “Salva-me Senhor!”. E o Cristo compadecido lança sua mão chagada para o discípulo salvar. Mas fica a advertência: “Homem de fé pequena. Por que duvidaste?!”. Esta também é a história das nossas vidas. Dos barcos, dos mares. Das dores. Da caminhada terrena. A porta, a passagem, que todos estamos a atravessar.

É preciso sempre acreditar. A fé, a esperança e o amor. São as três realidades que jamais irão passar. Fé em Nosso Senhor. A grande barca da humanidade. Somos a comunidade. Cada barquinho, uma unidade. Unidos em comunhão. É Jesus quem maneja o timão. É Ele o nosso guia, o nosso farol. Ele é a luz que espanta a escuridão. Então, sigamos em frente, com coragem e com fé no coração. Amém!

P.S.: E a vida segue. Hoje, recebemos a notícia do falecimento de um filho da nossa querida vizinha, sra. Terezinha. Ele estava doente. Então, queremos lhe dizer, eu primeiro lhe escrever (este texto é para a senhora), que estamos juntos do seu coração de mãe. Em oração. E nas palavras de S. Paulo, podemos lhe assegurar que nem o desânimo, nem a tristeza, nem as dores, nem a morte, nada irá nos separar de Cristo Nosso Senhor. Que o Pai na sua infinita bondade, que Jesus nosso irmão e Salvador e que Nossa Senhora, mãe de Cristo e nossa mãe, abençõe e conforte o vosso coração. A morte não é o fim. É a nossa fé. Vamos sempre acreditar!


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Uma boa semana a todos! : )

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