Começou o ano novo. 2010 já chegou. Chega como um verdadeiro tsunami nas àguas transparentes de Ilha Grande na baía de Angra dos Reis, naquele lugar paradisíaco denominado Costa Verde. Uma tragédia. Trágica também a situação de algumas cidades paulistanas que sofrem com as chuvas intermináveis. Enchentes no sul. Acidentes, mortes nas estradas. No sul, no centro da capital gaúcha, hoje, uma cena dantesca: um pai, certamente, muito adoecido na mente e na alma, atira sua filha de apenas três anos de idade do décimo segundo andar e, em seguida, joga-se pela janela de encontro ao chão daquele edifício. Parece um filme de horrores. Mas é a vida real. O mundo e as coisas estão agitados no turbilhão das ondas da realidade fria e crua. E o ano novo já começou. E a vida não pode parar. Teremos 363 dias, agora, para sermos melhores. Melhores como pessoas. Somos responsáveis pelas interferências desastrosas na natureza. Não respeitamos a ordem e a harmonia existentes na criação divina. Não respeitamos as vidas humanas nem de outros seres que partilham dessa mesma jornada existencial. Ainda não aprendemos que, hoje, a solidão, a depressão, a despersonalização das pessoas em busca do ilusório e do transitório, o egoismo reinante em nossa sociedade, matam e destroem as mentes, minam os corações enfraquecidos, trazendo tristezas, amarguras, remorsos e desespero. Entretanto, ainda temos tempo. Tempo para resgatarmos a nossa sintonia com a natureza. Tempo para reconciliar-nos com os valores que sinalizam e enaltecem a vida em sua plenitude. Pois, se não podemos dominar as catástrofes naturais, por certo podemos identificar a nossa responsabilidade no acessar o gatilho que provoca a destruição da vida. Hoje, assistindo um vídeo, recebido de uma pessoa amiga, observando o nosso planeta como um pontinho azul pequenino, percebi que somos bem menores do que a imensidão do (s) universo (s). Entretanto, mesmo pequenos, somos capazes de inciar uma revolução de proporções gigastescas, pois temos a liberdade de nos modificarmos e transformarmos o mundo em nossa volta. E cada um deve responder por sua própria parcela de contribuição. Ainda há tempo. Afinal, como diz a letra da música: "fé na vida, fé no homem, nós podemos mais, vamos lá fazer o que será"!
Me parece que as questões levantadas são muito oportunas para este início de 2010. Inicialmente reporto-me à conferência mundial sobre o meio ambiente realizada em Copenhage, Dinamarca. Não sei até agora porque ela terminou sem definir medidas efetivas para proteger o meio ambiente. Teria prevalecido a tese dos países ricos? Os países em desenvolvimento teriam apresentado tese com suporte real? Não sei. Voltando agora à catástrofe de Ilha Grande, me fez mergulhar mais nos fatos que estamos vivendo nos dias de hoje, para a partir daí estabelecer o nexo e as razões e a apuração das culpas e responsabilidades dos nossos governos. Comentava, ontem, com um professor de geologia o epísódio ocorrido nessa passada de ano. Me disse ele que o fenÔmeno de oscilação de temperatura no Pacífico já era conhecido no século XIX. Bem assim outros fenômenos naturais em nosso clima. Vendo a televisão dias atrás, falava outro especialista que no local da catástrofe constatou-se a presença de grandes pedras que muitos anos atrás haviam se desprendido naquela encosta. Fato natural sem a intervenção humana, pois teriam rolado em tempos onde não havia qualquer civilização. As autoridades, pelo manos nas últimas décadas, mesmo reconhecendo que a beleza da paisagem no local na chamada "Costa Verde" - certamente área de preservação ambiental - permitiu que alí se construisse um hotel e pousadas sem qualquer estudo ambiental apropriado. O resultado não poderia ser outro! Destruição e morte! Fica aquí a interpelação de quem são os culpados e/ou responsáveis técnicos que inclui certamente geólogos, engenheiros de várias especialidades e autoridades federais, estaduais e municipais. Fica no ar a necessidade de nos aprofundarmos mais nesta catástrofe. Gostaria de obter dos integrantes deste blog mais comentários.
ResponderExcluirManoel Canto.
Tempo de reverter a esquizofrenia dos terráqueos?
ResponderExcluirEsperançosamente esperamos que sim. Mesmos todos os 'nossos lideres' dizendo o contrário e mostrando outras formas de um progresso do capital comprovadamente fracassado.
Sempre é tempo de mudar e tua iniciativa é louvável, siga mudando o mundo e os indivíduos em tua volta, publique, propague a esperaça. Parabéns!
Teu artigo traz inspiração, fico pensando quando vamos perceber a vida no nosso planeta: o planeta vivo. Melhor explicando, todas as vidas do planeta compôe justamente a vida do planeta terra.
Para quais horizontes evoluiríamos se todos pensassem as melhores opções para mantermos uma boa vida nesse planeta ou a propría vida desse planeta. Se um dia deixassemos de lado os interesses economicos, e deixássemos de priorizar a boa vida de uns em detrimento da miséria de outros. Sejam esses 'uns' empresas ou máfias transnacionais e esses 'outros' toda a população, seja esses 'uns' os humanos e 'outros' todas as outras vidas animais e vegetais desse planeta. Buscar harmonia na terra é sem dúvida uma tarefa de vida.
Meu pai descobriu esse blog e me avisou que somos parentes, espero te encontrar por ai. Planto quase que diariamente e hoje tenho mudas de Pitanga, Manfericão, Araucária... se quiser uma plantinha, um pedaço de vida, me avisa.
Parabéns por expor as tuas idéias. Grande abraço e saudações,
Júlio Picon Alt.
e-mail:julio.alt@gmail.com
Obrigada, Júlio!! É isso aí, vamos fomentar a esperança e construir um mundo mais justo e fraterno! Afinal, se ajudarmos um pouquinho para que outros tenham esperança, já terá valido à pena não ter vivido em vão! E pelo que li, vejo que você está fazendo a sua parte. Semeando a vida com suas plantinhas. Parabéns!! Continue assim. Que bom que somos parentes. Sim, um dia iremos nos encontrar e, aí, com certeza ficarei feliz em receber uma plantinha para plantar. Obrigada por seu comentário. É para isso que o blog existe. Para tocar os corações das pessoas e fazer refletir. Saudações ao teu pai e saiba que, aqui, todos nós apreciávamos e apreciamos o teu estimado vô que partiu, Guido e tua vó querida, a Brasilina! Um forte abraço,
ResponderExcluirSuziley.