Graças Lhe dou...

Domingo, dia de Ação de Graças. De Eucaristia. De encontro. De alegria. Pois assim diz a letra da canção, “(...) na beleza das flores, na harmonia das cores, Tu estás a me falar (...)”.  E Jesus é a Palavra viva de Deus Pai. Palavra que nos ensina o caminho. Que nos fortalece diante dos vários espinhos. Que anima o nosso coração.  Verbo que se fez carne. Que habitou entre nós.  E nos trouxe a salvação.

Na vida somos atingidos por vários males. Doenças, tribulações, desesperos. E,  como os apóstolos, dizemos: “Cremos, Senhor, mas aumentai a nossa fé”!! Foi assim que no domingo passado o Nazareno nos mostrou que a fé é como uma semente de mostarda. Que nasce pequena e se transforma numa grande árvore, com raízes profundas.  Ela remove montanhas. Transforma a vida. Manifesta o grande amor de Deus por todos nós.

A fé é dom, é graça. E foi com ela que Naamã, o general sírio,  banhando-se no rio Jordão, conforme o dito pelo profeta Eliseu, ficou curado da lepra.  E Naamã voltou para agradecer ao Deus de Israel.  Um estrangeiro,  que pela fé,  reconheceu que naquelas terras o verdadeiro Deus estava presente e o tinha curado.  

Assim, também, quando seguia Jesus para Jerusalém, no caminho entre a Samaria e a Galiléia, dez leprosos pedem a ele que os curem. E o Cristo cheio de compaixão diz a eles que se apresentem aos sacerdotes no Templo. O Templo era o lugar sagrado para os judeus onde acreditavam estar Deus presente.  E era costume, na época, que os sacerdotes atestassem a cura dos doentes para os integrarem novamente na comunidade. Os leprosos viviam excluídos da sociedade.  E eles foram e no caminho se curaram.

O samaritano, estrangeiro que não seguia os costumes do Judaísmo, que também era excluído e marginalizado, diante da sua cura voltou até Jesus dando graças em voz alta a Deus Pai.  O samaritano reconheceu no próprio Cristo a presença salvadora do Deus que o libertou da sua doença. Jesus para ele era o próprio Templo de Deus vivo. Por isso, o Nazareno lhe afirmou: “Vai em paz pois tua fé te salvou”!!

Duas histórias. Dois estrangeiros. Dois homens. Dois leprosos curados.  Eles acreditaram. Converteram-se e renderam graças ao Pai. O agradecimento, a gratuidade de se doar. Hoje, tais ensinamentos estão bem esquecidos. As crianças, os jovens já não são educados com tais valores. Falta o exemplo que arrasta mais do que palavras. Então, vivemos o tempo dos dissabores. São filhos que maltratam os pais. Que magoam os seus corações. São alunos que não respeitam os seus professores. Vive-se somente para a materialidade.  Deus também foi esquecido. Participar da eucaristia ficou no passado. Render graças também.

Mesmo assim, como disse S. Paulo quando estava na prisão, escrevendo para Timóteo, “(...) se lhe somos infiéis, Ele, no entanto, permanece fiel pois não pode negar-se a si mesmo (...)”.  A Palavra não está presa nem acorrentada. Esta aí. E se manifesta para todos nós.

Trazemos, aqui, então, o nosso coração para manifestarmos a alegria pelo dom da vida. Pela saúde. Pela família. Estamos no caminho e a caminho. Somos pecadores. Necessitamos também da cura. Mas, sobretudo, acreditamos que Jesus é a certeza da nossa salvação. É Ele o Deus vivo que cura e que salva. Templo perfeito da morada divina. Luz perene que nos ilumina. Estrela que guia os nossos passos. “Escondido Tu estás, no verde das florestas, nas aves em festa, no sol a brilhar”!! Obrigada Senhor!!

Um ótimo e abençoado domingo a todos!! : )