quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Tempo de ouvir os cavalos...


A leitura prazerosa da belíssima crônica publicada, hoje, no Correio do Povo com o título “Tempo de matar cavalos”, http://www.correiodopovo.com.br/Impresso/?Ano=115&Numero=148&Caderno=0&Noticia=103734 escrito pelo talentoso jornalista Juremir Machado da Silva, reportou-nos à temática do amor aos cavalos. Assim como seu avô e seu pai, nós, também amamos aqueles seres tão inteligentes e garbosos. Não sou natural deste belo rincão e confesso que nunca mesmo entendi qual é a graça e a utilidade na promoção da dita “ação cultural” (que na minha mortal opinião trata-se de “ação criminosa”) como a tal da cavalgada do mar. Sou (do mato, Mato Grosso do Sul) e venho do Pantanal onde desde cedo aprendemos a amar e a respeitar os animais e a natureza. Afinal, vivemos uma interdependência. Necessitamos uns dos outros. Somos seres em relação. Todavia, a insensibilidade e a estupidez parece tornar-se a tônica dessa ação denominada “cultural”, aqui, no Rio Grande do Sul. Só resta saber que tipo de cultura defendem. A de vida ou de morte?! Pois os verdadeiros viventes do campo aquilatam o valor precioso da vida nas suas mais variadas manifestações já que estão mais perto da natureza do que nós que vivemos nas “selvas de pedra”. É questão de bom senso, de respeito à vida, de amor à natureza, de amor à si próprio já que nela (natureza) estamos integrados. Bom senso e amor que Marvin Earl Roberts, um senhor norte-americano de 75 anos de idade, tem de sobra. São mais de 70 anos dedicados à doma e ao treinamento de cavalos. Seu pseudônimo: Monty Roberts. Seu mais belo livro: “O homem que ouve cavalos”. É uma autobiografia maravilhosa. O respeito por esses seres está presente em todos os momentos de sua vida. Monty Roberts tem uma percepção aguçada na comunicação com os cavalos selvagens. Isso o faz desenvolver um método denominado de “Doma gentil” que domestica os animais sem o uso da violência (muito comum nas fazendas em geral). Contrariou até mesmo o método tradicional do seu pai. Mas valeu à pena. Pois mesmo portador de uma deficiência visual (enxerga sem algumas cores), Monty Roberts compreende o diferente, o diverso, o outro ser denominado cavalo. E que mustangues lindos. Que belos animais. Não é à toa que a Rainha Mãe o convidou algumas vezes para tratar dos animais da cavalaria inglesa. Roberts sem querer fez escola e aí está o seu site http://www.montyroberts.com/ Vou fazer uma nova releitura de sua história. Vou ao livro. Parabéns, mais uma vez, a você Juremir por sua crítica bem elaborada e criativa. Parabéns aquele senhor Monty Roberts que nos ensina o que é ser um treinador de verdade. É tempo de ouvir os cavalos!!

4 comentários:

  1. Suziley,

    Gostei bastante do seu texto e do tema. O respeito é um dos princípiois que nos devolvem o direito a liberdade.

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  2. Oi, Sérgio Silva:
    Agradeço seu comentário. É verdade falta respeito à vida, às pessoas e aos outros seres. Um bom dia prá ti,
    Suziley.

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  3. Obrigado, mais uma vez, pela generosidade do teu comentário em meu blog. Vamos em frente na nossa luta ! Somos poucos e a tarefa é árdua e enorme !
    beijo

    James Pizarro

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  4. É isso, aí, James, a tarefa é árdua, beijo, boa noite prá ti, :)
    Suziley.

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