O poder da caridade....

Eis, aí, o título que me chamou atenção na revista Seleções do mês de dezembro. Na matéria indicada encontrei vários relatos de manifestação dessa força chamada caridade. Um deles vou partilhar com vocês e tem como subtítulo "Médico das crianças". Então vamos lá. Que tais gestos e manifestações estejam sempre presentes entre nós.

"O Natal, para Edy José Pereira da Silva Filho, começa cedo. Ao longo do ano, o cardiologista de 36 anos compra centenas de brinquedos e os estoca num dos quartos do apartamento onde mora em Copacabana, Zona Sul do Rio, reservado só para abrigar bolas, petecas, carrinhos e bonecas. Quando chega dezembro, Edy retira os brinquedos do quarto e começa a dividi-los por sexo e faixa etária. Depois, guarda-os em gigantescos sacos vermelhos e, em seguida, os leva para o Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio de Janeiro, onde trabalha há 16 anos. Recém-separado, Edy não tem filhos, mas age como se tivesse uma centena deles. Na semana que antecede o Natal, o Dr. Edy troca o jaleco branco do Setor de Emergência pelo uniforme vermelho de Papai Noel e, com ajuda de enfermeiras e residentes, distribui os presentes entre as crianças internadas. Edy já cumpre esse ritual mágico desde 1998. "Não custa nada você tirar alguns dias do ano para distribuir alegria e calor humano entre os pacientes de um hospital", diz ele. Em uma de suas visitas natalinas, Edy conheceu uma criança que estava internada no setor de politraumatismo, vítima de atropelamento. Diante de visita tão ilustre, a criança tirou uma cartinha de baixo do travesseiro e a mostrou ao Papai Noel. Nela, dizia que um de seus sonhos era ganhar um carrinho de controle remoto. Por uma dessas coincidências que só parecem acontecer em filmes natalinos, Edy lembrou que, entre tantos presentes, um deles era de fato um carrinho de controle remoto! "A criança não cabia em si de tanta alegria. Acho que, se não estivesse engessada, teria saído pulando pela enfermaria", conta ele. Não é por acaso que Edy identificou-se tanto com aquele garoto. Ele próprio já acreditou em Papai Noel e escreveu cartinhas para o Bom Velhinho. E teria continuado a acreditar por muito mais tempo se um deles, que trabalhava numa loja de departamentos do Centro do Rio, não tivesse feito a gentileza de destruir os seus sonhos ao pedir ao menino que não o beijasse para não estragar a maquiagem. "Fiquei sem ação. Minha mãe ainda tentou consertar a situação, dizendo que o Papai Noel estava brincando, mas, naquele dia, o meu sonho acabou". Embora os médicos saibam da existência do Papai Noel do Souza Aguiar, poucos conhecem a identidade do Bom Velhinho. "Muitos colegas arregalam os olhos quando os chamo pelo nome", diverte-se Edy, que adota uma voz ligeiramente rouca para dar a tradicional risada de Ho-ho-ho pelas enfermarias do hospital. Depois de tantos anos dedicados à medicina, Edy se atreve a dizer que, na maioria dos casos, os medicamentos respondem por apenas 20% do tratamento. Os outros 80% dependem do atendimento caloroso e humano que os médicos oferecem ao paciente".

Parabéns ao Dr. Edy. Quem ama, faz!! O remédio mais poderoso é mesmo o amor!

 Um bom dia a todos! : )