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No silêncio do coração humano,
ressoam cânticos de júbilo, proferidos pelos mensageiros celestiais. “Glória a
Deus no mais alto céu e paz na terra aos homens por Ele amados”! Hoje, o
Verdadeiro Amor nos foi dado. Seu nome é Emanuel, Deus conosco, Príncipe da paz
será chamado. “O Verbo se fez carne e habitou entre nós”! A Palavra do Pai
abreviou-se e se fez pequena. Numa manjedoura. O Eterno tornou-se sensível,
compreensível, palpável, audível aos nossos sentidos, à nossa inteligência e ao
nosso coração. Deus se fez um de nós, para nos tornarmos na Sua humanidade
redentora, homens divinos. Anunciado pelos profetas, buscado pelos sábios de
outrora, a Palavra divina se manifestou. Inseriu-se na história. Fez-se Menino.
Revelou-se, por primeiro, aos pobres pastores de sua época. Pobres e
marginalizados. Os excluídos do seu tempo. Foi a eles que, primeiramente, o pequenino se mostrou. Na simplicidade, vamos
com eles, novamente, hoje, retornar a também pequenina Belém da Judéia.
Ali, onde a vinte séculos atrás,
sob o jugo do Império de César Otávio Augusto, Deus armou a Sua tenda no chão
da nossa humanidade desvalida. Uniu em Si o Céu e a Terra. Nova aliança.
Esperança profetizada. Promessa realizada. Nasceu pequenino e frágil. Menino
Luz que dissipa as trevas da nossa noite e anuncia a chegada de uma nova
aurora. Sol radiante que nos renova a cada instante. Deus Menino. Não estamos
mais sozinhos. Somos convidados a participar de Sua bondade, de Sua alegria, de
Sua realeza. Estrela que nos guia. Que nos leva, de novo, a Belém. Epifania da
fé. É assim que a presença luminosa desta criança revela-nos os traços de Deus
Pai. Deus que deseja estar junto a cada
um de nós. O Amor que anseia por amar-nos.
O Seu rosto pueril nos interpela
a aceitá-lo, a cuidá-lo, a protegê-lo e a amá-lo. O Menino Deus bate a nossa
porta. Precisa de cada um de nós. E isso nos desconcerta. Mexe com as estruturas
da nossa pseudo autossuficiência. Abala os alicerces dos nossos sofisticados, e
muitas vezes, falaciosos silogismos. Questiona a nossa prepotência racional.
Desnuda as nossas velhas vestes do individualismo. Desmascara o nosso egoísmo
na desenfreada busca somente da satisfação material. Desmistifica o nosso
crescente relativismo ético que nada define e tudo aceita. O Seu modo
surpreendente de Se revelar na pobreza e na fragilidade da pessoa e da vida, e
mais tarde, na Sua paixão e morte redentora, interpela a nossa humana razão. O
Seu modo de ser e de se fazer Deus coloca em crise o nosso modo de ser homens.
O Menino Deus de Belém não se
apresenta como um Deus com poderes temporais, com exércitos, com reinos. Ele
não se impõe à nossa liberdade. Antes pelo contrário. Ele aparece como o
verdadeiro homem, imagem e semelhança de Deus, e revela o que é, de fato, ser
humano. Supera de muito os nossos modelos sociológicos, psicológicos,
antropológicos, históricos, filosóficos de homem. Ele é o Filho de Deus feito
homem. É o homem perfeito, o homem como Deus sonhou! Real e transcendente. Quem
Dele se aproxima e assimila os seus ensinamentos, os seus sentimentos, o seu
modo de ser, encontra a verdadeira paz. Já não existem as trevas, as angústias,
os medos, as tristezas, as desolações nos nossos corações. Já não estamos sós.
Mas na luz daquele Guri de Belém.
Pequenino e frágil, tão humano,
tão divino, Homem-Deus. Com Santo Agostinho, dizemos para nós mesmos: “Desperta,
ó homem! Por ti, Deus se fez homem!” (Sermões, 185). E a mensagem de esperança
repete-se, também, incansavelmente para todos nós: “Ó homem moderno, adulto e
todavia, às vezes débil de pensamento e de vontade, deixa o Menino de Belém
conduzir-te pela mão; não temas, confia n’Ele! A força vivificante da sua luz
dá-te coragem para te empenhares na edificação duma nova ordem mundial, fundada
sobre relações éticas e econômicas justas. O Seu amor guie os povos e ilumine a
sua consciência comum de que são uma ‘família’ chamada a construir relações de
confiança e de mútuo apoio. Unida, a humanidade poderá enfrentar os numerosos e
preocupantes problemas da atualidade: desde a ameaça terrorista às condições de
humilhante pobreza em que vivem milhões de seres humanos, desde a proliferação
das armas às pandemias e à degradação ambiental que ameaça o futuro do planeta”
(Concílio Vaticano II – 1962 a 1965).
E assim, de joelhos, em adoração
ao Menino Jesus, diante do mistério da encarnação do Amor que se doa, recordamos
de Santo Ambrósio que dizia que “cada cristão que crê, em certo sentido,
concebe e gera em si mesmo o Verbo de Deus: se há uma só Mãe de Cristo segundo
a carne, segundo a fé, porém, Cristo é o fruto de todos”. Por isso, dizemos:
desperta, homem do terceiro milênio! Abre a porta do seu coração. Deixe o
Menino nele entrar. Nele ficar. Somente Ele é a razão, o sentido de tudo o que
existe. É o próprio “pão descido do céu” para saciar a nossa fome de paz. A paz
de que tanto necessitamos. Deixe que se opere em ti a verdadeira transformação.
O amor, o perdão. Um mundo mais justo, mais humano, mais irmão!
Glória e
louvor a Ti pequenino Deus Menino! Amém! : )
Lindo post Suziley...parabéns feliz natal um beijo Pedro Pugliese
ResponderExcluirOi, Pedro, um abençoado Natal, que ele prossiga nos 365 dias do ano novo que irá se iniciar!! Paz e bem, querido amigo! ;)
ExcluirObrigada, Sandra:
ResponderExcluirUm abençoado e feliz Ano Novo de 2013! Muita saúde, muita paz, muito amor, muito sucesso, na sua vida e na vida dos seus!! Bjos ;)