domingo, 1 de abril de 2018

Novo amanhecer....

Cada vez mais, com o passar dos anos, sinto-me mais "descarada", como muito bem falava o poeta e escritor Rubem Alves, que tanto amo ler e reler. "Descarada" para dizer o que sinto. Já que não somos responsáveis pelo nosso sentir. Só por nossas ações. E as palavras que usamos são nossa matéria-prima. Matéria de encantos. De amor. De prazer. Um sentido de vida que tanto admiro e cultivo também nos tantos escritos da querida poeta e escritora Adélia Prado. Dois mestres no escrever poético para mim. De desprendimento. De encantamento. De alegria genuína. E, hoje, acordei assim. Livre. Com a alma e o corpo em ressurreição. Em êxtase profundo. Em Amor total. E captar esta beleza está na minha essência. Como uma sina que o Criador escreveu em mim. Verbo Divino que me faz participar da visão plena e profunda, mas ao mesmo tempo, simples e corriqueira da vida, do amor.

Novo amanhecer....

Nova manhã. Manhã de ressurreição. Manhã de plenitude. E o Verbo que se fez carne e que habitou entre nós. Elevou-se ao Infinito mas antes em nosso corpo morou. Fez-se gente, humano. Com mãos, com olhos, com pernas, com dor, com amor. E as palavras nascem em meu ser. Numa manhã de páscoa. A ressuscitar os sentidos. A ressuscitar o divino. A resgatar na matéria o eterno. Palavras que silenciam. Sentidos que rejubilam. Extasiados. Felizes. Olhos que ouvem. Ouvidos que enxergam. Boca que acalenta. Toque que tem sabor. Pernas que contemplam. Um coração a bater. Ritmo suave. Que maravilha, o viver!! Jesus é mesmo o nosso Salvador! Ele nos salva da imobilidade paralisante. Do nosso ego farsante. Pois no ato de sua entrega total. Eis, ali, o humano e o divino, juntos e misturados. Plenos. “Eis o meu corpo, eis o meu sangue. Tomai e comei”. Profundamente erótico no sentido de força pulsante, de vida. Vida nova. Que, hoje, se derrama nas brechas do nosso ser. Ranhuras ressequidas em meio às nossas secas existenciais. Derrama, Senhor, a seiva da vida. Àgua que nasce e que jorra do Amor sem igual. Que beleza desconcertante. Que alegria provocativa. Que agita. Feito borbulhas de mais viver. Ressurreição. Chão de desejos. Solo de amores. Que faz renascer o humano no mais eterno do ser! Paixão e Morte. Paixão e Vida. Vida plena, vida sedenta. Com fome. Com ânsia de novo amanhecer!! Amém!! 

                                                  Imagem da internet.

domingo, 25 de março de 2018

O desafio da comunicação.....

Em tempos de altas tecnologias, internet, notebook, whatsapp,etc, etc, nunca se encontraram tantas falhas, tantos contratempos, tantos equívocos, no ato de se comunicar. Eis, aí, o paradoxo. Tantos recursos para melhorar e qualificar ainda mais o ato de comunicação e ao mesmo tempo quanta falta de comunhão no expressar as ideias e sobretudo os sentimentos e as emoções. Falta de sintonia. De empatia. Da lógica da compaixão. 
Se a comunicação com tais recursos pertence aos seres humanos, contatamos que cada vez mais, os relacionamentos perdem de humanidade, de solidariedade, de amor fraterno. A linguagem e os recursos de comunicação acabam por tornar-se "limitadores" do que vai dentro de cada um. Limitam, delimitam as dores, os fracassos, os erros, o que não conseguimos transmitir pelo simples falar e escrever. Comunicação fácil e efetiva. Tão longe dos nossos dias. Hoje, só "bravatas", retórica de egos inflados e opressores. As palavras servem para ferir. Os recursos para mais confundir. Para aonde foi a boa comunicação que é capaz de nos ligar num elo de perfeita comunhão? Aonde anda a beleza que nasce do encontro das palavras comedidas, educadas, afetuosas. Tudo vira "gritaria" e "desespero". Não se tem mais esmero no transmitir o que vai dentro do ser. 
Tudo virou do avesso. Até a mais alta corte do país tornou-se reflexo do "lixo" que se tornou a comunicação nos dias atuais. Mas se do lixo material e orgânico podemos produzir adubo para fertilizar a terra e fazer florescer os campos afora. Por que não reciclar as ideias, os sentimentos, as emoções? Por que não transformar o "lixo" da má comunicação em "sementes" de concórdia e de perdão? Guardar mágoas e rancor são atitudes viciadas. São retrocessos na busca de ser melhor. Falar apenas por falar. Escrever por escrever. É apenas um ato mecânico de estar. Todavia, quando tudo isso que falamos e escrevemos, entra no cadinho do nosso coração, ah, ali, sim, misturam-se tudo que há de bom ou não. É uma alquimia de aceitação. Somos apenas humanos. E não podemos deixar-nos vencer pelo que é bruto. Aceitemos as nossas atitudes de desamor, a nossa brutalidade e insensibilidade. Mas não paremos aí. Transformemos as nossas vidas em comunicação de beleza, de paz, de alegria, de perdão, de sinceridade, de espontaneidade, de entrega, de tolerância, de superação. Assim, unidos, não só em palavras, em ideias e conceitos, mas, sobretudo em presença ativa e concreta de verdadeira fraternidade, sejamos mais e melhores, como humanos, como seres que necessitam uns dos outros para nos percebemos mais perto do Absoluto. Eis, aí, o desafio da comunicação! 
Fiquem todos bem! Tenho dito. Amém! 

sábado, 23 de agosto de 2014

Tempo de festim: rosas e alecrim!!


Imagem da internet





Hoje amanheci pensando no alecrim


Ai, de mim! Seu cheiro é um festim


Tempero e gostosura


Que o peixe marinou


E assim fiquei a imaginar


Sentindo o aroma do rosmarino


O seu nome oficial


Mas nesta oração olfativa


E por que não dizer também contemplativa


Pensei nas rosas que na cabeça trazia


Santa Rosa de Lima


A padroeira da América Latina


Hoje celebramos o seu dia


Moça nascida no Peru


De descendência espanhola


Cresceu na pobreza


Na lida da terra e das costuras


Santa Rosa, que se chamava Isabel Flores y Oliva


De beleza ímpar


Cultivava as rosas no seu próprio jardim


A fim de vendê-las no mercado


Para o sustento de sua família


Por isso, além da América Latina


A jovem santa também é tida


Como a padroeira das floristas


Aquelas que vendem flores


Que ninguém as quer comprar


Rosmarino parece um hino de amor


Alecrim e rosas


Uma beleza


Perfeita união


Que os povos da América Latina


Sejam de fato irmãos


(E, hoje, os povos do mundo inteiro)


Santa Rosa de Lima com as rosas nas mãos


Rosas na cabeça e no coração


Alecrim dourado que nasce no campo


Sem ninguém semear


Sejam sempre sinais visíveis


Da grandeza e da beleza do nosso Criador



Amém!!


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Delicadezas de Deus....





Beleza, encanto. Eis, aí, então, a nossa participação, com muita alegria e agradecimento. Agradecimento à querida Rosélia pelo convite feito na comemoração de cinco anos do seu maravilhoso blog:





Tempo de festa, tempo de festim, rosas e alecrim....

Que Oxalá, sejam sempre assim

Entre todos nós e todos os povos também


Santa Rosa de Lima interceda sempre por todos nós, amém!!


Paz e Bem, amigos virtuais e Rosélia também!! 


Um abençoado final de semana!! :)



domingo, 13 de abril de 2014

Com os ramos, em Jerusalém....



Imagem da internet


A noite silencia o dia. Mas, em nosso coração ainda ecoam as notas dos hinos de Hosana. Aquele mesmo Menino que um dia foi aclamado com o Glória pelos anjos e pastores. Em meio a simplicidade da natureza brilhava uma estrela. Sinal de reverência da Criação ao Filho do Criador. Salve, ó Filho de Davi! Palmas, ramos de oliveira e outros mais, trazemos em nossas mãos. Caminha o Messias. Rumo à Jerusalém. Júbilo, alegria. Rei e redentor. Caminha, caminha. Foram quarenta dias do tempo quaresmal. Quarenta dias no deserto do coração. Quarenta anos já passados daquele Menino nascido em Belém. Foram tantos acontecimentos vividos. Tantas vidas encontradas, curadas, sentidas. Tantos ensinamentos oferecidos, vividos. Cristo, de condição divina, vestiu a nossa humanidade desvalida para nos revelar a face de Deus Pai. Como bem disse S. Paulo aos Felipenses: “(...) Esvaziou-se a si mesmo....fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz” (Fl. 2, 6-11).  Que homem é este? Cala fundo tal questionamento em nossas almas. Nossas vidas, como a Dele, é sempre resposta ao Amor que nos criou. Fomos também pequenos. Nascemos, crescemos. Erramos, aprendemos. Choramos e sofremos. Cantamos e vivemos. Enfrentamos as nossas lutas, os nossos tormentos. Por momentos, somos trevas, mas em muitos outros, somos luz. Conforto, consolação. Angústia, aflição. Todavia, o Nazareno foi fiel até o fim. Com as armas do jejum, da oração, da caridade, tudo venceu. Foi na entrada de Jerusalém aclamado pelo povo. Mas, sabia o que lhe estava reservado. Um justo, sem nenhum pecado, tomou nossas faltas, nossas dores e por amor se entregou para nos redimir. Quem é este homem? Que passou a sua vida a todos a convidar. Convite à conversão. Ao Banquete do Pai. Curou o cego, pediu àgua à samaritana. Deixou-se humilhar. Ofereceu a outra face. Ao desprezo. Ao escárnio. Perante os homens, às autoridades, não se defendeu. Calou-se. Fez-se silêncio. Como sua Mãe Maria sempre fez. Meditava em seu coração a vontade de Deus. E, nós, procuramos a sua vida imitar. Seguir o seu caminho não é nada fácil. Mas, por outro lado, somente Nele encontramos a verdadeira Paz. E, nós, quem somos para Ele, então? Um Pilatos, uma Maria, os apóstolos, os sumos sacerdotes, os fariseus, os cegos curados, o mesmo povo que o aclamou e que depois o condenou? Quem somos nós? Eis o outro lado da questão. E, hoje, quando ouvia e meditava a liturgia deste domingo de ramos, disse ao Nazareno assim: não sei se tenho vivido como verdadeira cristã nesses quarenta e tantos anos de vida, nesta quaresma. Mas tenho tentado fazer o melhor que posso, com a graça do Pai. Preciso ainda mais melhorar. Orar, jejuar, praticar a caridade, ainda mais. Mudar de vida. Todos os dias. Recomeçar. Viver em família, com os meus e com os outros também. Tolerar mais as dores. Calar o orgulho. Silenciar o meu ser. Senhor, tenho sede da Àgua de vida eterna que brota da sua Cruz que irás enfrentar. O crucificado revela o Amor Maior que pode existir. A sua Cruz é a nova estrela. Pois é vida que vence a morte, é entrega, é doação total, absoluta e incondicional. Amor que, de fato, liberta, resgata, redime. Não é difícil de entender. Pois olhando para os pais que realmente se dedicam, se doam, se entregam aos seus filhos, podemos aquilatar o quanto o Senhor nos amou até o fim. Mesmo que nós, muitas e muitas vezes, não o façamos por merecer. É assim. Por isso, nesta celebração, nesta comunhão, suplico-lhe a graça de estar sempre com a mente e o coração abertos para a Sua vontade. Quero, na humildade, os meus pecados confessar. E como aquele cego, aquela samaritana e tantos outros mais, que não precisaram de muitas explicações, definições, comprovações, mas com o coração feito de carne e de fé genuína, possa lhe responder: Tu és o Filho de Deus, eu creio em Ti Senhor. E, aqui, estou. Nesta Grande Semana. Santa que é. Para lhe acompanhar. Não lhe abandonar. Não lhe ficar indiferente, descrente. Contigo entrar na “Jerusalém”, no caminho do Seu Calvário, dele co-participar. Na sua Paixão e morte de cruz. Compaixão. Para um dia, contigo, viver para todo o sempre! Amém!


Uma boa e abençoada Semana Santa a todos! :)

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O amor no alimento...


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Hoje fiquei sabendo que minha tia paterna vai me enviar uma iguaria que há muito queria saborear. Sobretudo, nestas terras onde não há os peixes de lá. Fiquei a imaginar. Aliás, a meditar. Comida, alimento é também uma oração. O tempero tem carinho. E quem comanda é o coração. Uma pitada de bem querer. Outra, de saudade. Cebolinha. Cheiro verde. Cebola. Pimentões. Não são todos estes os ingredientes. Não sei. Mas, com certeza, o sabor é sem igual. Urucum é a semente que colore de vermelho. Do amor que trazemos no peito. Da “terra querida que nos viu nascer”. De todos vocês. Tia, fenomenal. Amor que possui nas suas laboriosas mãos. Mãos que afagam a alma. O tato. O paladar. Toca lá no fundo das lembranças. Partilhar o alimento é também beber nas recordações da infância. Mãos generosas. Que distribui o seu ser. Pois coloca em tudo um pouquinho de você. Será por isso que a visão do paraíso seja mesmo um banquete celestial?! Estar num jardim imenso, convidados para a ceia. Seremos todos iguais. Sentados todos juntos. Partilharemos do Amor magistral. É, o Filho de Deus, deu-se em comida, em bebida também. Afinal, guardada as devidas proporções (analogia de proporção), alimentar o outro é mesmo a maior benção que pode existir. Ato sagrado. Gesto que transmite a vida, a intimidade, o unir. Quando a mãe, aqui, chegar no domingo que se aproxima. Certamente, tia, aqui também de alguma forma estará. No seu carinho, no seu amor, nesse prato que prepara. Que nutre e assinala o encontro dos que se querem bem. Caminhantes, viajantes.  Tia, gratidão. Que sai do coração. Paz e Bem!! Beijão!! : )

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Na paz, a gratidão ao Infinito...


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Agradecer a vida, o ser. Com os erros, o aprender. Nada, nada é em vão. Os dias passam. Movimento contínuo. Começo, meio e fim. Que seja assim. Paz na terra. Não à guerra. Não ao ódio. Basta de indiferença. Basta de sofrimento. Foi dada a sentença: janeiro já é. Pois é.  Do ato à potência. É o movimento. Trânsito, passagem. Qual é a imagem que queremos espargir?! De  bondade, de justiça, de beleza, de harmonia. Qual delas será? Resposta a dar nos 364 dias que virão. O presente é aqui. No agora. Na ação. De que vive uma nação? Do pão sem circo, da razão desapegada. Do coração desalienado. A paz começa em cada um, em sua casa, na habitação onde pulsa o seu ser. Só depende de ti. De mim. De você. Façamos, então, por merecer. Graças ao Pai que tudo nos dá. A vida. A inteligência. O coração. A saúde. O pão. Pela vida do esposo, dos pais, dos irmãos, dos amigos, dos colegas, dos conhecidos, então. Paz e Bem! Paz meu irmão, é muito mais do que uma expressão. Do que a nota de uma canção. Do que uma rima de proporção. Do que o cumprimento de uma saudação. Ela é antes de mais o fruto que nasce no chão das nossas ações. Fruto da justiça de nosso agir. Nos pequenos detalhes. Nas mínimas consequências. Escoa pelo filtro das nossas escolhas. Ecoa em ribombos pelos recônditos da nossa própria consciência. PAZ e BEM! É o que queremos viver. Num dia e em todos os demais. Num ano e nos tantos mais. Eis aí a pauta essencial. Partitura. Receita. Projeto. Mapa. Planejamento. Logística. Composição. Resumo. O sumo. Se a paz é fruto da justiça. Sejamos justos com os que estão ao nosso redor. Os mais próximos, os mais perto. O mundo se perde na guerra, na morte. Mas a sorte dele (o mundo) está nas mãos de cada um. Lutar por justiça é começar dentro de si próprio a transformação libertadora da paz de que tanto o outro necessita. Estar em paz com o próximo e consigo mesmo. Estar em paz com sua  mortalidade e reverenciar o Criador. Quanto a caminhar. Quanto a aprender. Refazer as pontes. Reconstruir as estradas. Recomeçar as trilhas. Movimento de vir-a-ser. Perenizar o transitório. Escapando do ilusório. Das falsas promessas. Religar o que se perdeu. Entre o céu e a terra que habita em cada um de nós. Pós, pós, tudo é pó. Poeira no vento. Sejamos, então, fermento e sal. O que dá gosto, sabor. Sejamos luz e cor. Que dá brilho e fulgor. Na grande messe de Nosso Senhor. Assim nessa passagem que é movimento. De um dia para o outro. De um ano para o próximo. Realizemos por nossas ações, por nossas orações, a tão proclamada PAZ. Paz no coração de cada um, paz para o mundo de todos os povos, de todas as raças, de todas as nações! Paz prá você!! Agradecimento eterno que se abre para o Infinito. Valeu!
 
Um feliz e fecundo 2014 a todos!! ; )

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

"Da terra seca: flores, frutos vão brotar"!!


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O manto da noite ainda está sobre a terra. A escuridão. As trevas. São os nossos desertos interiores. As dúvidas, a falta de fé. Corações de pedra. Cabeças duras. Assim diz São João: “(...) A palavra estava no mundo – e o mundo foi feito por meio dela – mas o mundo não quis conhecê-la. Veio para o que era seu, mas os seus não a acolheram. Mas, a todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus (...)” (Jo 1, 1-18).  Luzes e sombras. Dores e alegrias. Aflições e esperanças. Eis a trajetória existencial. Todavia, no céu de nosso coração surge aquele que é “Sol do alto vindo até nós”. Peregrinamos pelo mundo a fora. Preparamos as nossas casas. E como bem disse Santo Agostinho, “o nosso coração está inquieto enquanto não repousar em Vós”. Afinal, toda a Criação foi por Ti e para Ti, ó Menino, realizada. E toda criatura canta louvores ao Criador. Vivemos num mundo marcado pela dor, pelo sofrimento, pela violência, pela injustiça, pela fome, pelas catástrofes, pelo egoísmo de toda ordem. Nas trevas, vemos os rostos de nossos irmãos que são despojados de sua realeza de filhos de Deus. Crianças, idosos, famílias inteiras. Países em guerra entre os seus. As drogas que tudo destroem. Indefesos e inocentes ceifados no ventre materno. O fel e a maldade que tomam conta do coração dos homens. Falta o respeito por toda a Criação. Todavia, em meio a tantos males e desalentos, brilha alto a Luz verdadeira daquele que quis de nós precisar. Filho Deus, Deus Verdadeiro, Verdadeiro homem quis se tornar. O espanto, o assombro. Nasceu frágil, pequeno. O eterno inseriu-se na História para eternizar o efêmero. Somos feitos para essa Luz. Não para morte. Nem para destruição. Dentro de nós, de cada um, brilha a mesma Luz que agora desponta no mesmo horizonte que outrora era escuridão. Somos centelhas dessa Luz. Vivemos de esperança. A esperança e a fé Naquele que nos redimiu. Cumpriu a promessa dita pela boca dos profetas. Eis que nasceu o nosso Salvador. A razão primeira e última de todo o nosso existir. Fomos por Ele, primeiro, amados. Por isso O buscamos incessantemente. E as trevas nem as adversidades são capazes de abater-nos. Já não estamos sós. O Deus Menino habita entre nós. Caminha conosco. Ama o seu povo. Dá força. Dá alento. Para aquele que crê, para aquele que O aceita, é certeza de participação na sua Glória. Menino Jesus, Carne dos homens, mas Espírito de Deus. Arma sua Tenda entre nós. O Natal que celebramos é o encontro pessoal de cada um com a beleza do seu próprio Criador. É o encontro com Jesus. É o acolhimento no próprio coração. Na própria vida. É o encontro com o Amor que tudo renova. Fica em nós, Senhor. Pois somos fracos e pecadores, sem Ti. Faça-se em nós, a exemplo de sua Mãe Santíssima, a Tua vontade. Arranca de nossos corações o nosso egoísmo, a nossa maldade, a nossa arrogância, a nossa prepotência, a nossa rebeldia, as nossas faltas. No silêncio deste dia que amanhece, Tu estás. Palavra Divina que sempre Se comunica. Presença salvífica. Amigo de todas as horas. Deus Menino para o nosso bem. Abençoa a todos os nossos familiares, nossos amigos, e aos não tão amigos também. Olhai, Menino Jesus, por todos os doentes, por todas as crianças, por todas as vítimas de violência. Pelos desabrigados. Pelos excluídos e marginalizados. Pois a exemplos dos pastores, dos mais simples, como disse o Papa Francisco, são eles os primeiros a abrirem as portas do próprio coração para receber a boa nova do nascimento de Jesus. Somos pedras vivas. Constrói a Igreja de missão e de amor. Fiel a Palavra do Pai Eterno. Vem, Senhor, conosco caminhar. Estamos prontos. Pode nos falar. É Teu todo o nosso coração. Amor infinito nós O queremos amar com nossos lábios e com nossas ações. Por um mundo mais justo, mais irmão. Nossas orações. Vem, Menino, habita o nosso ser! E com a meditação de São Bernardo, queremos Te louvar: “Vós que estais perdidos, respirai! Jesus vem salvar o que perecera. Vós, os doentes, voltai a ser saudáveis: Cristo vem estender o bálsamo da Sua misericórdia sobre as chagas de vossos corações. Estremecei de alegria, todos vós que sentis grandes desejos: o Filho de Deus vem a vós para fazer de vós co-herdeiros do seu Reino (Rm. 8, 17). Sim, Senhor, peço-Te, cura-me e ficarei curado; salva-me e serei salvo (Jr. 7, 14); glorifica-me e ficarei verdadeiramente na glória. Sim, que a minha alma bendiga o Senhor e que tudo em mim bendiga o Seu santo nome (Sl. 102, 1). O Filho de Deus faz-se homem para fazer do homens filhos de Deus”!! Amém!
Um bom dia a todos!! :)
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